O que percebemos ao nosso redor e com essa grande biodiversidade é algo que vai além de nosso entendimento, se não fosse essa extensa fonte de vida que temos a ser estudada não teríamos tantos cientistas, biólogos, químicos, físicos, médicos e pesquisadores em geral extremamente curiosos fazendo tantos questionamentos e tantas novas descobertas...
Há vida em toda a parte ao nosso redor. Evidencia-se no zumbido dos insetos, no canto dos pássaros, no farfalhar provocado por animaizinhos na vegetação rasteira. Existe nas gélidas regiões polares e nos escaldantes desertos. Apresenta-se desde a superfície ensolarada do mar até suas mais escuras profundezas. Bem alto, na atmosfera, flutuam diminutas criaturas. Embaixo de nossos pés, indizíveis trilhões de microorganismos operam no solo, tornando-o fértil para o cultivo de plantas verdes que sustentam outras formas de vida.
Há muitos séculos, pensava-se que o universo se compunha de alguns milhares de estrelas que podiam ser observadas a vista desarmada. Mas, atualmente, com poderosos instrumentos que podem perscrutar os céus, os cientistas sabem que existe muito, muito mais.
Efetivamente, o que se tem observado é muito mais assombroso do que alguém poderia sequer imaginar.
A mente humana pasma diante da imensidão e complexidade de tudo isso. Como comentado pela revista National Geographic (Revista Geográfica Universal), o que o homem agora aprende sobre o universo “o deixa atônito”. Examinando as coisas infinitesimais — os átomos — vemos que existe a mesma precisão. Um átomo é uma maravilha de ordem, assemelhando-se à ordem do sistema solar. Inclui um núcleo que contém partículas chamadas prótons e nêutrons, cercadas por diminutos elétrons orbitantes. Toda matéria é constituída destes blocos de construção. O que faz com que uma substância difira da outra é o número de prótons e de nêutrons no núcleo, e o número e a disposição dos elétrons em sua órbita. Isto significa excelente ordem, visto que todos os elementos que constituem a matéria podem ser dispostos em exata seqüência segundo o número daqueles blocos de construção que contenham.
Comecemos com as menores coisas vivas: os organismos unicelulares. Certo biólogo afirmou que os animais unicelulares podem “apanhar alimentos, digeri-los, livrar-se dos resíduos, mover-se de uma parte para outra, construir casas, empenhar-se em atividades sexuais” e “sem nenhum tecido, nenhum órgão, nenhum coração e nenhuma mente — realmente têm tudo que nós temos”. As diatomáceas [cortadas em dois], organismos unicelulares, extraem silício e oxigênio da água do mar e fabricam vidro, com o que constroem diminutas “caixinhas de pílulas” [frústulas], para conter sua clorofila verde. Certo cientista as exalta tanto por sua importância como por sua beleza: “Estas folhas verdes contidas em porta-jóias constituem pastagens para nove décimos do alimento de tudo que existe nos mares.” Grande parte de seu valor nutritivo repousa no óleo fabricado pelas diatomáceas, que também as ajuda a ficar flutuando próximo da superfície, onde sua clorofila pode tomar um banho de sol. Seus lindos envoltórios silicosos [frústulas], conta-nos este mesmo cientista, existem em uma “estonteante variedade de formas — cilíndricas, quadrangulares, fusiformes, triangulares, ovais, retangulares — sempre adornados primorosamente por gravuras geométricas. Estas são filigranadas em puro vidro, com tamanha perícia, que um cabelo humano teria de ser cortado ao comprido em quatrocentos pedacinhos para caber entre as marcas.” Certo grupo de animais oceânicos, chamados radiolários [pequenos raios], fabricam vidro e, com ele, constroem “broches de vidro, dotados de longas e finas espículas transparentes que irradiam da esfera central de cristal”. Ou, “pontaletes de vidro são dispostos em forma hexagonal e utilizados para fabricar simples abóbadas geodésicas”. A respeito de certo construtor microscópico, diz-se: “Uma abóbada geodésica não basta para este superarquiteto; tem de ter três abóbadas de vidro trabalhadas em relevo, como renda, uma dentro da outra.”
Não há palavras que possam descrever estes maravilhosos projetos — é preciso usar gravuras para isso. As esponjas se compõem de milhões de células, mas apenas de poucas espécies diferentes. Explica um compêndio universitário: “As células não estão organizadas em tecidos ou órgãos, todavia, existe uma forma de reconhecimento entre as células que as conserva juntas e as organiza.” Caso se esmague uma esponja por coá-la num pano, e ela se separe em seus milhões de células, estas células voltam a unir-se e reconstroem a esponja. As esponjas constroem esqueletos silicosos belíssimos. Uma das mais surpreendentes é a Euplectella (cesta-de-flores-de-Vênus), em forma de cornucópia. Sobre ela, um cientista diz: “Ao contemplarmos o complexo esqueleto da esponja, tal como o composto de espículas silicosas, que é conhecido como [Euplectella], nossa imaginação fica aturdida. Como poderiam células microscópicas quase independentes colaborar na secreção de um milhão de espículas silicosas e dispô-las em tão intricada e linda rede? Não sabemos.” Mas, uma coisa sabemos: O acaso não é seu provável projetista.
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